sexta-feira, 13 de junho de 2008

LUNA



Quando me vejo perdida andando em tuas pernas

Entorpecida com seu cheiro e seus pêlos

A sua masculinidade e o cheiro do seu sexo

Quando me vejo cavando em tuas roupas e procurando seu falo

Encontro-me com essências entorpecentes

E sou capaz te nos envolver numa nuvem mágica

Oriental, mística, surpreendente,

E te fazer viver comigo em contos árabes

Onde serei tua odalisca...

E aquele ser indefeso e pequeno, te faz sentir viril!


Ou te levar para danças flamencas e ser tua sedutora e fatal Carmem

Ou te levar para becos da lapa e ser sua pequena puta

Ou te levar para babilônia antiga em orgias sagradas

Onde nossas urgências sexuais chamais seriam pecados


Uma puta de vestido curto vermelho

Que você come sem cerimônia na rua, sem usar talheres,

Que devora com as mãos suadas e salivadas

Que deixa no mesmo canto

Mas sempre volta pra sentir seu lado mais animal, másculo.


Mas também posso me transformar numa deusa implacável,

Com muitos véus e faces,

Implacável e cruel,

Como só as deusas sabem ser!

E consumir toda sua energia vital,

De transformando num zumbi em minhas mãos,

Uma marionete!

Vingança!


Mas apenas ondas de paixão e amor, agora me cercam.

E nado num mar calmo e tranqüilo!

Onde descanso numa linda praia,

Sobre a areia branca e a lua cheia a me transformar!

Um comentário:

Diogo Melo disse...

Um satisfeito lobisomem deve aguardar ansioso os encontros com tal faminta loba...